Saturday, May 31, 2014

ROSAS E MAMÃE

O aroma de rosas se espalha pelo jardim.
Entendo que passas
por ali, mamãe,
recolhendo o ramalhete
da saudades,
que sentimos de ti.

MINHA JANELA DO MUNDO




Eu gosto de janelas
Isso a todos já contei
Mas da maior janela do mundo
Ainda tenho que falar.
Essa janela me permite
através dela
muita coisa bela olhar.
Sensoriar,
manifestar,
publicar
encontrar e,
principalmente,
reencontrar.
Meus ex-alunos,
meus sempre amigos,
meus amores
de ontem,
de hoje
e de sempre.
Todos que um dia
as fainas da vida,
fizeram esparramar:
Encontro amigos na
Alemanha, na Inglaterra
na Argentina,
na Itália e
na Espanha vigorosa.
Falo com os que estão em Portugal,
Na Colômbia,
Em Quito,
Na França ou Uruguai.
Do Brasil nem se discute
os locais, apaixonantes,
que esta janela me permite
visitar .
Pela janela
perseguida,
mal falada,
injuriada
que muitos ficam a comentar:
Internet- uma janela sempre aberta e universal.
Alguém me aponta outra janela igual?

UM HIPER CONDUTO NA WEB


O FACEBOOK e BLOG


Em homenagem aos criadores do Facebook  e do blog

Esta imensa via do ciberespaço
é um corpo aberto,
ativo,
reticular, fulgurante
altamente dinâmico
que carrega as marcas
singulares.
as multiplicidades
e as idiossincrasias
de todos os que dele se apropriam.
É via de acesso
de múltiplos olhares.
É a voz viva de
sonhos
e de contares.
Este imenso hipertexto
é um hiper corpo
livre
que nos permite reencontrar
pessoas que nos são queridas
mas que os revezes da vida
fizeram a gente se afastar.
É uma trombeta que ecoa
pelos ares
pelos mares,
pelos bosques,
pelos lares
e pode a todos
convocar
para mais união,
cidadania e paz.
Os que o usam
para futilidades
Não perdem por esperar
colheita
inútil
e tempo solto no ar.

Friday, May 30, 2014

TIREI MEU CORAÇÃO DO BAÚ

Tirei meu coração
daquele velho Baú,
No qual estavam as lembranças
de seu beijos,
o eco de suas palavras,
nosso perfume entrelaçado,
as marcas de um sonho.
Pronto.
Saiu ele para tomar sol
e no horizonte
viu
Um novo amor
sentado à sua espera.


A mesa posta.
Um lugar vazio.
Um copo vazio.
Um prato vazio.
Uma cadeira a espera.
Um coração no deserto
que chora.
Se alguém me perguntar
- o que é solidão?
Direi:
-  é sentir-se solitários
 entre as gentes
E esperar um abraço 
que nunca vem.
E para não sentir solidão?
Melhor não esperar nunca nada,
de ninguém,
assim, o que vem, vem...
e pronto.
Simples assim.

Wednesday, May 21, 2014

Fotografia: Beatriz Helena  Dal Molin/ Santiago de Compostela/ Noroeste da Espanha
região da Galícia.

JANELAS ILUMINADAS

É o mesmo tom de ouro aceso
que ilumina,  de fora, 
as centenárias janelas.
O escuro silêncio
 da saudade e
 da ausência de um amor.
jaz, lá dentro delas.






 Fotografia: Beatriz Helena/ Santiago de Compostela/ Espanha.

JANELA MUDA

Há muito emudeceu esta bela e florida janela,
outrora, palco de sorrisos e
 serestas.
Hoje muda, chora tímida,  farto pranto,
 com que rega, abundantemente,
os vasos que  florescem
saudades infindas.

                       Fotografia: Beatriz Helena Dal Molin/ Santiago de Compostela/ Espanha.
SUSPIROS NA JANELA

Pela janela entreaberta
Ouvi gemidos,
suspiros, e,
uma canção de amor.
profetizei:
é mais uma vida
que vem.
JANELA ESQUECIDA

Pela velha e esquecida janela,
Cruzaram-se olhares,
Movimentaram-se acenos,
Transbordaram sonhos
ilusões,
fantasias.
Hoje fechada,
triste,
esquecida,
deixa vazar por suas grades
uma ponta de esperança,
no verde do musgo que se esgueira
pela soleira,
sofrida,
soturna,
solitária.



Fotografia: Beatriz Helena / Santiago de Compostela/ Espanha