Eu gosto de janelas Isso a todos já contei Mas da maior janela do mundo Ainda tenho que falar. Essa janela me permite através dela muita coisa bela olhar. Sensoriar, manifestar, publicar encontrar e, principalmente, reencontrar. Meus ex-alunos, meus sempre amigos, meus amores de ontem, de hoje e de sempre. Todos que um dia as fainas da vida, fizeram esparramar: Encontro amigos na Alemanha, na Inglaterra na Argentina, na Itália e na Espanha vigorosa. Falo com os que estão em Portugal, Na Colômbia, Em Quito, Na França ou Uruguai. Do Brasil nem se discute os locais, apaixonantes, que esta janela me permite visitar . Pela janela perseguida, mal falada, injuriada que muitos ficam a comentar: Internet- uma janela sempre aberta e universal. Alguém me aponta outra janela igual?
Esta imensa via do ciberespaço
é um corpo aberto,
ativo,
reticular, fulgurante
altamente dinâmico
que carrega as marcas singulares. as multiplicidades e as idiossincrasias de todos os que dele se apropriam. É via de acesso de múltiplos olhares. É a voz viva de sonhos e de contares. Este imenso hipertexto é um hiper corpo livre que nos permite reencontrar pessoas que nos são queridas mas que os revezes da vida fizeram a gente se afastar. É uma trombeta que ecoa pelos ares pelos mares, pelos bosques, pelos lares e pode a todos convocar para mais união, cidadania e paz. Os que o usam para futilidades Não perdem por esperar colheita inútil e tempo solto no ar.
Tirei meu coração
daquele velho Baú,
No qual estavam as lembranças
de seu beijos,
o eco de suas palavras,
nosso perfume entrelaçado,
as marcas de um sonho.
Pronto.
Saiu ele para tomar sol
e no horizonte
viu
Um novo amor
sentado à sua espera.
A mesa posta. Um lugar vazio. Um copo vazio. Um prato vazio. Uma cadeira a espera. Um coração no deserto que chora.
Se alguém me perguntar
- o que é solidão? Direi:
- é sentir-se solitários
entre as gentes E esperar um abraço
que nunca vem. E para não sentir solidão? Melhor não esperar nunca nada,
de ninguém, assim, o que vem, vem...
e pronto. Simples assim.
Wednesday, May 21, 2014
Fotografia: Beatriz Helena Dal Molin/ Santiago de Compostela/ Noroeste da Espanha
região da Galícia.
JANELAS ILUMINADAS
É o mesmo tom de ouro aceso
que ilumina, de fora,
as centenárias janelas.
O escuro silêncio
da saudade e
da ausência de um amor.
jaz, lá dentro delas.
Fotografia: Beatriz Helena/ Santiago de Compostela/ Espanha.
JANELA MUDA
Há muito emudeceu esta bela e florida janela,
outrora, palco de sorrisos e
serestas.
Hoje muda, chora tímida, farto pranto,
com que rega, abundantemente,
os vasos que florescem
saudades infindas.
Fotografia: Beatriz Helena Dal Molin/ Santiago de Compostela/ Espanha.
SUSPIROS NA JANELA
Pela janela entreaberta
Ouvi gemidos,
suspiros, e,
uma canção de amor.
profetizei:
é mais uma vida
que vem.
JANELA ESQUECIDA
Pela velha e esquecida janela, Cruzaram-se olhares, Movimentaram-se acenos, Transbordaram sonhos ilusões, fantasias. Hoje fechada, triste, esquecida, deixa vazar por suas grades uma ponta de esperança, no verde do musgo que se esgueira pela soleira, sofrida, soturna, solitária.
Fotografia: Beatriz Helena / Santiago de Compostela/ Espanha