Se podemos datar a máquina de rostidade, atribuindo-lhe o ano zero do Cristo e o desenvolvimento histórico do Homem branco, é porque a mistura deixa então de ser uma interseção ou um entrecruzamento para se tornar uma penetração completa na qual cada elemento impregna o outro, como gotas de vinho vermelho escuro em uma água clara. Nossa semiótica de Homens brancos modernos, a mesma do capitalismo, alcançou esse estado de mistura no qual a significância e a subjetivação se prolongam efetivamente uma através da outra. É aí então que a rostidade, ou o sistema muro branco-buraco negro, adquire toda sua extensão. Devemos entretanto distinguir os estados de mixagem e a proporção variável dos elementos. Seja no estado cristão, mas também nos estados pré-cristãos, um elemento pode prevalecer sobre o outro, ser mais ou menos potente. Somos então levados a definir rostos-limites, que não se confundem com as unidades de rosto nem com os desvios de rosto definidos anteriormente.
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