PRECONCEITO
Perguntaram-me um dia,
se preconceito,
de negros, de amarelos
de homos,
de presos,
de livres,
de magos,
de fadas,
de bruxas,
eu o teria.
Ao que respondi:
O preconceito só nasce,
fica forte
se agiganta,
quando a gente diferencia
e de modo agressivo
brada ao vento
palavras soltas,
revoltas,
e sem respeito.
Dizendo: EU SOU.
VOCÊ NÃO É.
Por isso, continuo
afirmando que o preconceito,
é fruto imperfeito
de quem brada ou grita ao vento
EU SOU.
VOCÊ NÃO É.
Se todos,
culta e naturalmente,
fôssemos sendo autênticos,
fortes,
serenos,
quer sejamos
brancos,
cafuzos,
índios,
negros,
amarelos ou
morenos,
este mundo outro seria.
Por isso continuo afirmando
que o preconceito
é o fruto amadurecido sem tempo
de, de fato, ser o que se é
João que era Maria.
Maria que virou João.
Se ao invés de bradar
diferenças
Trocássemos gritos, brados e insultos
por sussurros de compreensão.
Teríamos um mundo mais humano
no qual todos teriam
respeito,
reconhecimento
e uma digna posição.
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