Eu sempre tive pena dos palhaços
Desde menina via neles o que os outros não viam
Não via uma alegria imensa,feita de aço
Via uma dor por traz de tudo o que eles faziam
Via e me perguntava:
por que a máscara?
por que a carapuça que usava?
por que tanto pintar a cara?
por que o nariz vermelho?
por que a roupa tão exótica?
Por que pintava-se longe do espelho?
Por que deixar a cara sempre torta?
Hoje entendo que o meu pensar
se junta ao de meu palhaço da infância
Era uma dor sem limites, de amargar
Que o palhaço fingia em alegria demonstrar
Entre aquele palhaço eu
existe uma semelhança sem par.
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