Saturday, December 21, 2013

MEUS NATAIS


Os flocos de neve dos meus natais

São pedaços de algodão da minha terra

leves, brancos carregam consigo lembranças

De amigos que foram para nunca mais voltar.

Lembranças  de juras  que deixaram de ser eternas,

mas eternizaram-se em mim.

 
Os sinos de meus natais

Fazem ecoar sons de minha infância,

Vozes  queridas se se calaram para sempre,

Vozes que ainda ecoam, evocando saudades ímpares,

 
Os anjos de meus natais são os rostos queridos

de meus ancestrais, meus avós, meus pais.

São as faces serenas de minha irmãs,

São os olhos  negros de Keyla,

Os olhos de céu de Tobias,

E os verdes olhos de Rayza

E o dourado olhar de Victória.

 
O presépio de meus natais

É a sincera presença  dos amigos,

A lealdade dos companheiros na hora das lutas,

O símbolo de minha fé num amanha melhor para todos.

 
Papai-Noel de meus natais

É a presença viva da esperança,

a confirmação  das realizações e da paz

É o símbolo sagrado de que crer sempre vale a pena!!!
 
 



 
 
 

 

Thursday, December 19, 2013

OS SINOS

Quando ouço dobrar os sinos
meu coração se transporta:
leve!
pluma!
passarinho solto a cantar,
pelos ramos da vida breve
que me convida
 a cirandar!!
cirandar
cir
andar! andar! andar!

É NATAL

É Natal e eu
volto a ser criança
outra vez!
E mais uma!
De novo!
Torno a me repetir:
No sapatinho que pus "na janela do quintal"
Espero o seu abraço e aconchego
que  sempre vem
me acalentar!
É Natal!
É Natal!

O SALDO

De tudo o que a vida me deu
dizer todos os dias: "amanheceu!"
Resume-se no mais belo ritual
que desejo
continuar a repetir
ao lado seu!

Saturday, November 30, 2013

SE NÃO...

E...se não houvesse espera.
O que haveria?

A palavra

A palavra
livre lavra
o verso
o terço
o traço
o rastro
do tempo da espera.

QUANDO ACORDEI

Juro que nao vi
o tempo passar voando,
Não vi as flores nascendo,.
Não vi o barco sair do porto,
Não vi a manhã nascer rosa, no horizonte.
Acordei ouvindo os sinos do Natal
anunciando
um tempo novo
que hei de anotar.



MEU TEXTO

Sinto seu hálito:
fresca aragem matutina.
Sua boca,
forte fonte de inspiração
de onde busco o volume das palavras
que brotam de minhas mãos
como
teias
tato,
tessitura,
texto-ternura.
texto-toque
texto-textura
texto-saudades.
texto-testo.
toco.


Sunday, September 22, 2013

CAMINHO DE ROSAS

A vida tem sido sempre minha companheira.
Minha amiga.
Minha mãe.
Abriu-se em manhãs floridas;
Em tardes chuvosas, saudosas de seu perfume amanhecido.
Em noites de sonhos longos e fortes.
Em um caminho de rosas
Rosas brancas da saudades;
Rosas vermelhas de quero-mais;
Rosas amarelas de suas palavras-ouro;
Rosas-rosa das promessas e juras de amor;
Rosas champanhe de comemorar nossos sonhos realizados;
Rosas notas musicais ritmando os nossos coraçoes ao pulsar;
Rosas vida.
Vida rosa.
Vida minha: um caminho de rosas soltas no ar;
Rosas vivas a me ninar.
Rosa-vida, roda- girar.




Saturday, August 17, 2013

QUANDO TEM QUE SER....

Esta noite sonhei  contigo
Vinhas ao meu encontro
mas uma mao forte segurou teu braço.
Nenhuma palavra
muito força no olhar.
Acordei serena lembrando
o que um li em Caio de Abreu:
O que tem de ser, tem muita força.
Ninguém precisa se assustar com a distância,
os afastamentos que acontecem.
Tudo volta!
E voltam mais bonitas,
mais maduras,
voltam quando tem de voltar,
voltam quando é pra ser...


 

Sunday, August 11, 2013

LEVEI MEU CORAÇÃO PARA TOMAR SOL

Há na terra um tempo para tudo:
tempo de plantar.
tempo de colher.
Tempo de esperar.

Tempo de avançar.
E um tempo de entender que tudo muda.
Tudo mudará sempre.
Levei meu coração para tomar sol em
outra praia....
Tem sido tão bom!!!!

Tuesday, July 02, 2013

AS MINHAS JANELAS

A instalação  traz janelas fotografadas por mim em Assuncion,  Porto, Guimarães, Braga, Fátima, Lisboa, Faro, Santo Antonio da Vila Real, ( Portugal) La  Coruña, Santiago de Compostela, Sevilha e  Madrid, (Espanha).
Estas janelas são meu link com o que foi, o que é, e o que há de vir. Um presente de memórias, de sonhos, de fatos, de feitos e de história.



Thursday, June 27, 2013


Da janela iluminada ouvi sua voz em bela canção de seresta.
Recebi rosas, lancei sortilégios  para sempre.

E a dor de meu Adeus 
ainda sopra no vento


Pela janela
Entra o vento,
apaga a vela,
enxuga o pranto
da vã vigília


Atrás de grandes janelas
vultos nobres esgueiraram
seus amores incontidos,
suas dores sufocadas
sua humanidade reprimida
pelo manto frio
das monarquias

sem pulsação.

Wednesday, June 26, 2013



Atrás da  janela  fechada 
insiste o ritornelo
da canção do Adeus que, murmura
 uma saudade moribunda

Atrás da velhas
janelas
fechadas
dormem sonhos,
choram saudades,
calam-se segredos

incontáveis.

Na janela 
a estampa,
a Planta,

a tampa 
da dor.
Pela janela entreaberta 
o olhar se estendeu
 no imenso  vazio 
da eterna saudade 
a espera de ti.
As janelas são para mim, ponto de entrada de luz, de lua, de estrelas, da noite densa, de tempestades, da chuva.
São dos pirilampos, o caminho em tempos de trigais. A entrada das cantigas da incansável orquestra das cigarras, nos dia de sol. São  o fio de  entrada da luz tênue do amanhecer que meus olhos gostam de acompanhar no horizonte. Carregam também o signo da sensibilidade às influências externas e o vão de vazão de explosões internas. As janelas, enfim, são para mim, um símbolo da consciência e um portal para o inconsciente. Nelas me debruço e para elas miro sempre com a intensão de projetar-me além de meus limites ou para adivinhar-lhes segredos e sonhar mundos outros, quando fechadas querem esconder ou impedir algo. Abrem-se, agora, minhas janelas para encontros e, olhares e, sentidos. 

A VIDA DAS JANELAS

Uma janela arquitetônica e materialmente falando-se é sempre e ao mesmo tempo uma abertura e uma vedação. Materialmente se interpõe entre paredes. Pode ser o vazio desta parede, a ruptura para um nada, ou para um tudo que virá depois. Pode ser uma boca que se cala, um corpo que se esconde um som que se sufoca, um amor  que se finda, para nunca mais.
Ela pode levar nosso olhar para o fora, para o exterior, para o longínquo ampliando a extensão de nosso olhar, como pode também convidar nosso olhar atento, ou distraído a querer ver o que está dentro, o que poder-se-ia ver por trás de uma janela, semi-aberta, entre-aberta, fechada.
Vejo a minha janela e todas as janelas como um signo de  receptividade, da abertura para as influências vindas de fora e para que aquilo que habita os recônditos de nossa alma salte aos olhos dos que sabem ver.

Friday, May 10, 2013

UMA IMAGEM



Um traço, um rosto
um braço, 
um corpo suado
um resto 
de rastro
da força do abraço
que você me deu.





Monday, April 08, 2013

SEGUIR

Seguir a voz que chama ao longe,
O sol que desponta no horizonte,
Seguir a chama que flameja  ao vento;
o sonho, o mar, o acalanto,
Seguir crendo acima de tudo,
 quando tudo leva  ao não,
Seguir amando,
 por simplesmente amar,
o porta-retrato vazio,
a música que nunca mais soou,
o chamado telefônico que emudeceu,
A porta fechada que nunca mais se abriu,
a janela  aberta que nunca mais se fechou
os sinos que se calaram e as taças de vinho vazias.


ENSINAR

 
Ensinar  é renascer
em cada linha de expressão,
em cada ponto de uma nova exclamação!
em cada rosto de que se ilumina,
em cada nova palavra que brota timida
das mãos trêmulas
de um menino, de uma menina.