AS LÁGRIMAS FORAM A CHUVA SALGADA QUE
SULCARAM MEU CORAÇÃO
um bilhete de passagem,
um voo sem destino certo.
no assento ao lado,
as mãos dele presas em outra mão.
nenhuma palavra,
apenas o chamado discreto:
“arranje outro lugar.”
ela foi para o fundo da aeronave,
onde o ruído escondia o penar.
e lá do céu
desceu uma chuva salgada,
feito lágrimas de dor
que o coração insistia em disfarçar.
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